“Eu que vivo de lado sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo”.
Clarice Lispector
Eu que vivo de lado
Guardo em olhar velado
sólido e triste estado
De espírito funesto fado
Que revela a todo instante
Relicário de certezas errantes
E me trás e leva ao distante
Em digressões fulminantes
Sei que um lado imprime e condensa
Embora imperceptível diferença
O que em mim não goste ou não entenda
O que talvez em mim seja Deus, ofensa...
De ser fruto e não ser bendito-perfeito
De ser máscara de ternura e desalento
De ser espelho do que arde em meu peito
Estampado em carne, poeira e vento.
Clarice Lispector
Eu que vivo de lado
Guardo em olhar velado
sólido e triste estado
De espírito funesto fado
Que revela a todo instante
Relicário de certezas errantes
E me trás e leva ao distante
Em digressões fulminantes
Sei que um lado imprime e condensa
Embora imperceptível diferença
O que em mim não goste ou não entenda
O que talvez em mim seja Deus, ofensa...
De ser fruto e não ser bendito-perfeito
De ser máscara de ternura e desalento
De ser espelho do que arde em meu peito
Estampado em carne, poeira e vento.
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